
Em menos de seis meses, o Brasil já registrou bem mais que o dobro de mortes por dengue do que em todo o ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados na sexta-feira (24). Foram 585 óbitos de janeiro a 20 de junho de 2022, ante 246 nos 12 meses de 2021, aumento superior a 130%.
O número já é maior também do que em todo o ano de 2020, quando a dengue matou 574 pessoas. Em 2019, houve 840 mortes. O número de casos neste ano aumentou 196% em relação a igual período do ano passado, chegando a 1.143.041 em todo o país. A incidência é de 550 casos por 100 mil habitantes. A doença é transmitida pela picada do Aedes aegypti.
O estado de São Paulo lidera em número de mortes, com 200 óbitos, segundo o ministério — a Secretaria de Saúde do estado aponta 198. O número é quatro vezes maior que os 52 óbitos registrados no mesmo período do ano passado.
Segundo estado em número de mortes, Santa Catarina teve 66 registros. Por região, o Centro-Oeste tem a maior incidência, com 1.585,2 casos por 100 mil habitantes, seguido pela região Sul, com 968,4 casos por 100 mil pessoas. O estado de São Paulo tem o município com maior incidência de dengue no Brasil: Araraquara, com 13.765 casos, taxa de 5.722 casos por 100 mil habitantes.
De acordo com o Ministério da Saúde, o enfrentamento ao mosquito é uma tarefa contínua e coletiva. As principais medidas de prevenção são: deixar a caixa d'água bem fechada e realizar a limpeza regularmente; retirar dos quintais objetos que acumulam água; cuidar do lixo, mantendo materiais para reciclagem em saco fechado e em local coberto; eliminar pratos de vaso de planta ou usar um pratinho que seja mais bem ajustado ao vaso; descartar pneus usados em postos de coleta da prefeitura.
Conforme diretriz do SUS (Sistema Único de Saúde), o trabalho de campo para combate ao mosquito transmissor de dengue compete primordialmente aos municípios.
TEXTO – Portal R7
FOTO – Divulgação/Min. da Saúde