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Descarte de vacinas da Covid causa prejuízo de R$ 2 bi

Quarta, 15 de Março de 2023
Descarte de vacinas da Covid causa prejuízo de R$ 2 bi

A quantidade de vacinas contra a Covid descartadas por falta de uso representou um prejuízo de R$ 2 bilhões aos cofres públicos desde o início da pandemia. As vacinas vencidas são retiradas da refrigeração, acomodadas em tonéis e levadas para uma empresa que faz o descarte. O destino final destes imunizantes é o aterro sanitário. Só no Rio Grande do Sul 500 mil doses nem chegaram a ser distribuídas aos municípios. Um prejuízo de R$ 500 mil.

“Isso com certeza poderia abastecer uma cidade de pequeno porte. E campanhas foram feitas, carro de som na rua, redes sociais, vereadores, a sociedade, mas mesmo assim as pessoas não vieram se vacinar. Muitas não queriam, não acreditavam”, conta o prefeito de Sapucaia do Sul, Volmir Rodrigues.

Uma combinação de fatores provocou o descarte no estado.

“A gente recebeu um quantitativo maior do Ministério da Saúde e devido a esse quantitativo também tem uma data de validade muito próxima, pouco mais de 30 dias. E a falta de adesão da população com relação à vacinação levou consequentemente a possibilidade da gente ter que descartar um grande quantitativo de doses”, diz a diretora do Centro de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul, Tani Ranieri.

Em todo o Brasil, o número dos descartes vem aumentando a cada ano. Segundo o Ministério da Saúde, em 2021, primeiro ano da vacinação contra a Covid, foram quase 2 milhões de doses. Em 2022, quase 10 milhões. E só nos primeiros dois meses de 2023, já são mais de 27 milhões de doses desperdiçadas.

A atual gestão do Ministério da Saúde diz que quando assumiu a pasta, no início do ano, encontrou 27 milhões de doses sem tempo hábil para distribuição e uso. Nos próximos seis meses, mais 20 milhões de doses irão vencer. Por isso, a pasta vem discutindo com secretários estaduais e municipais de saúde em busca de estratégias para evitar novos desperdícios. "Todas as ações de vacinação para terem sucesso, elas precisam de uma pactuação com estados e municípios, que é efetivamente onde a vacinação ocorre. Nosso movimento nacional pela vacinação vai ocorrer pelo ano todo. A gente vai ações na escola, vamos ter ações também em pontos de concentração de pessoas, pra que a gente facilite o acesso à vacina e pra que a gente evite o desperdício disso", diz a secretária de Vigilância em Saúde do MS, Ethel Maciel.

TEXTO – G1
FOTO - Ilustrativa

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