O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral, julgou no início da semana (terça) o processo em que o Ministério Público pede a cassação do vereador Carlos Eduardo Ulmi de Muçum, por compra de votos na última eleição municipal.

Na eleição passada, o candidato que foi eleito, foi abordado por policiais que atuavam em investigações decorrentes de denúncias relativas a compra de votos, formação de milícias, porte de armas e outras situações decorrentes das eleições, e quando da abordagem de veículos que transitavam nas ruas de Muçum, ao ser também abordado no interior de seu veículo foi encontrada por policiais e apreendida uma listagem que relacionava nomes e valores, prova de suposta compra de votos.

Julgado no primeiro grau na Comarca de Encantado, pela juíza eleitoral Dra Jaqueline Bervian, o vereador teve seu mandato cassado e seus direitos políticos suspensos por 8 anos, mais uma multa de 15 mil reais, mas uma medida liminar concedida no segundo grau pelo TER manteve seus direitos.

Ontem, quase dois anos após os fatos, o pleno do Tribunal Regional Eleitoral julgou o caso, com o voto do relator sendo favorável a absolvição do vereador.

Posteriormente houve um voto divergente que pediu a cassação dos direitos políticos do acusado.

Com o placar de 1 x 1, os demais juízes pediram vistas, para uma melhor análise dos fatos apresentados, lembrando que no TER são sete os votos, visto que o TRE é composto por: dois juízes, entre os desembargadores do Tribunal de Justiça; dois juízes de Direito escolhidos pelo Tribunal de Justiça; um juiz do Tribunal Regional Federal e dois advogados indicados pelo Tribunal de Justiça.

O processo que tem parecer favorável pela cassação da procuradoria de justiça, deve voltar ao plenário, ainda no corrente ano, quando o futuro político do vereador muçununse, será decidido pelos magistrados.

TEXTO - José Raimundo Tramontini
FOTO - Ilustrativa