O secretário de Comunicação Institucional do Governo Federal, Maneco Hassen, confirmou nesta sexta-feira (13) a permanência do escritório da União instalado em Lajeado até que as demandas pós-enchentes do Vale do Taquari sejam atendidas. A afirmação foi feita no programa Bom Dia Região dos Vales, da Rádio Encantado.

"O Governo Federal desde o primeiro momento está presente constantemente na região, cumprindo a determinação do presidente Lula de só sair daqui quando todas as questões que forem possíveis e estiverem ao alcance forem resolvidas. Estamos aqui não só visitando as cidades, mas também realizando reuniões de trabalho para as questões necessárias em todas as áreas", iniciou o secretário.

Com quase 40 dias após as tragédias, ele afirmou que sabe da burocracia da máquina pública, mas afirmou que a União investiu nesse período, pela Defesa Civil, mais de R$ 15 milhões para atender as demandas iniciais. "É claro que não é suficiente, mas é o compromisso do Governo Federal. A ideia é permanecer aqui até que a gente identifique que todos os compromissos foram realizados ou foram encaminhados e que a gente possa então retirar o escritório daqui, esse é o compromisso".

Hassen esteve presente com o presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (CODEVAT), Luciano Moresco, que valorizou a força do Estado neste momento difícil. "A gente ouviu tantas vezes tantas pessoas defendendo o Estado mínimo. Agora ficou evidente que se não é o poder público, especialmente o Federal, aportar recursos para socorrer as empresas, as pessoas. Então o Estado não tem que ser mínimo nem máximo, tem que ser do tamanho da necessidade", salientou.

Moresco também ressaltou o trabalho da cozinha solidária montada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais (MST), com participação da comunidade, que produziu mais de 37 mil marmitas em 17 dias para atender os atingidos pelas cheias e os voluntários que ajudaram a região. Ele informou que o MST também se comprometeu em fornecer alimentos até o final do ano para os hospitais de Roca Sales e Muçum e para a Associação Pró-Menor (AME) e o Lar das Crianças de Encantado, com a chegada da primeira entrega prevista para a tarde desta sexta (13).

"Por mais que a gente tenha vivido a maior catástrofe da região, também presenciamos a maior onda de solidariedade que a gente já viu. Seja de particulares, anônimos, entidades mas também dos governos", finalizou.

Confira a entrevista na íntegra no player abaixo

Texto e foto - César Augusto Husak
Áudio - Rádio Encantado