CPI x comissão especial: Assembleia do RS tem “queda de braço” por assinaturas

As estratégias de oposição e da situação para a apuração dos problemas nos serviços de energia elétrica na Assembleia Legislativa do RS encontram-se, no momento, em compasso de espera. Enquanto a proposta de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), de autoria do deputado Miguel Rossetto (PT), está a uma assinatura de sair do papel, a estratégia governista de instaurar uma comissão especial sobre o mesmo tema, o serviço das concessionárias como CEEE Equatorial e RGE, que deve ter o deputado Edivilson Brum (MDB) à frente, segue coletando adesões. Mas o que era dado como certo, pode complicar na matemática política do Parlamento. O requerimento dos parlamentares da base precisa de 37 assinaturas para ser protocolado, necessitando posteriormente ser aprovado em plenário. Em uma conta simples, se 18 deputados optaram pela CPI, restariam 36 parlamentares, excluindo o presidente da Casa, Adolfo Brito (PP). Assim, mesmo que todos os governistas e independentes aderissem, o que ainda não ocorreu, tanto que não houve o protocolo do requerimento, faltaria uma assinatura. Nos bastidores, a informação é que o grupo teria reunido 34 adesões. No momento, o cenário não demonstra que deputados signatários da CPI, mesmo que regimentalmente não haja impeditivo, assinem também o pedido de comissão especial. Além dos deputados das bancadas de oposição à esquerda, do PT, PCdoB e PSol, três deputados do PL, oposição à direita, e um do Republicanos, da base, aderiram à CPI.
TEXTO – José Raimundo Tramontini
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