Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) que recebem mais do que um salário mínimo devem ter um reajuste de 5,93% em seus benefícios em 2023, e o teto do INSS deve subir dos atuais R$ 7.087,22 para R$ 7.507,49 (uma diferença de R$ 420,27). Isso porque o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,69% em dezembro e fechou 2022 em alta de 5,93%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O INPC é usado não só para reajustar o teto do INSS e os benefícios de quem ganha acima de um salário mínimo, mas também as contribuições à Previdência Social. A portaria que oficializa o reajuste, no entanto, ainda precisa ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) — o que ainda não ocorreu. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda mensal entre 1 e 5 salários mínimos. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) engloba uma parcela maior da população e calcula a inflação média no custo de vida de famílias com renda entre 1 a 40 salários.

Pagamento com reajuste

Cerca de 37 milhões de brasileiros recebem benefícios do INSS atualmente. Para quem ganha o valor do piso previdenciário nacional, o reajuste será de 8,91%, caso o mínimo seja reajustado para 1.320 — o que dá um ganho real de cerca de 3% acima da inflação. As aposentadorias, pensões e auxílios começarão a ser pagos já com o reajuste (seja de 5,93% ou de 8,91%) a partir deste mês. Os pagamentos começam no dia 25, para quem ganha 1 salário mínimo, e vão até 7 de fevereiro. Para quem recebe acima do mínimo, eles vão de 1º a 7 de fevereiro. Os pagamentos dos benefícios só são feitos em dias úteis, por isso o calendário “pula” nos finais de semana, feriados nacionais e em datas em que os bancos não funcionam.

TEXTO – José Raimundo Tramontini
FOTO - Ilustrativa