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STF abre o Ano Judiciário e destaca união dos Poderes e defesa da democracia

Terça, 04 de Fevereiro de 2025
STF abre o Ano Judiciário e destaca união dos Poderes e defesa da democracia

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, abriu nesta segunda-feira (3) o Ano Judiciário de 2025 em uma sessão solene que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e dos novos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre.

Em seu discurso, Barroso destacou a harmonia entre os Três Poderes e mencionou o presidente Lula, relembrando sua eleição com mais de 60 milhões de votos. Ele enfatizou que, embora os chefes dos Poderes sejam independentes, estão unidos pelos princípios da Constituição e pelo compromisso com o bem do país.

O ministro também defendeu o diálogo democrático e respeitoso entre as instituições, ressaltando que "não há pensamento único, pois isso é próprio de ditaduras. As diferentes visões de mundo devem ser tratadas com respeito e consideração".

Além disso, Barroso relembrou os ataques de 8 de janeiro de 2023, afirmando que as instituições superaram a tentativa de golpe e garantiram a manutenção da normalidade democrática. Durante a solenidade, ele também apresentou iniciativas do STF, como a agenda de sustentabilidade e a modernização digital do Judiciário.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também discursou e reafirmou o compromisso da PGR com a defesa da democracia. Sua fala ocorre em um momento decisivo, no qual o órgão avalia a possibilidade de apresentar denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 39 pessoas por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Segundo Gonet, 2025 será um ano marcado por pautas de grande relevância para os valores democráticos. "Assim como esta Corte, a Procuradoria-Geral da República está pronta para cumprir seu papel", afirmou.

Os julgamentos do STF serão retomados na quarta-feira (5), com temas como a legalidade da revista íntima em presídios, a redução da letalidade policial no Rio de Janeiro e a revisão da anistia concedida a cabos da Aeronáutica afastados pelo governo militar em 1964.

TEXTO – José Raimundo Tramontini
FOTO - Gustavo Moreno/STF

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